NOSSOS LAÇOS
Há tantos e tantos laços
Uns macios, afetivos
Outros de tão apertados
Que nos tornam em cativos
Alguns mais soltos e leves
Deslizantes ou lascivos.
Mas os laços consanguíneos
São fortes como corrente
Daqueles que nem a morte
Nem um perigo eminente
Nos afastam uns dos outros
São um elo permanente.
Quando parte seu irmão
Deixa um rastro de saudade
Como se um viajante
Fosse assim contra vontade
E ao partir te deixasse
Fora da realidade
Quando uma mãe perde um filho
É um laço arrebentado
As lágrimas ninguém controla
Seu peito é dilacerado
Tamanha é a dor da perda
Que o viver fica abalado
Quando o filho perde a mãe
Tem a vida transformada
O seu vazio é profundo
Não se alegra com nada
Quanto mais busca saída
Mais obstáculo na estrada
Mas o amor prevalece
Em qualquer tipo de laço
Só o amor nos resgata
Se fortalece no abraço
Mesmo no fim da jornada
Não se percebe o cansaço.