NOITES DO SUBMUNDO
A noite está tão escura
Sem uma estrela no firmamento
A neblina está tão densa
Que dá impressão de poder afastá-las com as mãos
Nestas horas o pensamento voa
E lembra histórias de terror
Fantasmas andarilhos perdidos
Arrastando atrás de si toda dor
Se ficar bem quietinha posso ouvir
Seus gemidos sofridos
Lamentos de almas perdidas
Acorrentados num limbo pútrido de desamor
Até as corujas aquietaram,
Respeitando esse momento devastador
Assisto bem de pertinho com um misto
De respeito e temor
Oh noites compridas e frias...
Que impregna todo o ar com o odor
De rosas murchas esquecidas
Nas tumbas dos que partiram com Caronte
O barqueiro do Hades,
O filho da noite e das sombras.
Noites tenebrosas, arrepiantes, deliciosamente fantasmagóricas
Um tanto que assustadoras, mas, fascinantes.
Obs.: Estes poema faz parte do livro Iziz de Andrade e seus Convidados.
Comentários
Lindíssima gostei
Edson Aparecido Rosa | 09/02/2022 ás 14:55 Responder Comentários