No palco da noite.

 

No palco da noite, havia silêncio….
Muito silêncio…
Alguns ruídos, alguns sussurros,
Mas, isto era os sonhos dos curumins,
De olhos fechados, no alto do céu.


Havia benevolência, no silêncio da noite.
Desciam lótus encantados dos céus,
Para assistir a dança envolvente,
Da noiva de cabelos,  negros,
Que nem percebi, que ela era a minha alma.
Num instante era eu, no outro só a alma.


A magia, o som do silêncio,
Os sussurros, a música misteriosa, ia-me  levando devagar para o outro lado da vida.
Que nem percebi, que era apenas alma, 
Só alma, nada mais que alma.


Lá do outro lado da vida, a música envolvia- me debaixo dos cabelos negros, da noiva,
Que quase nem se via.
O longo e lindo véu branco, por detrás da noite negra, e misteriosa.


Tudo era silêncio! Solidão!
A música vinha da flauta, do anjo -mago.
Que beijava a testa, da noiva, 
Para purificá- lá, do pecado daqui.


Mas ao longe, nos olhos do mago- rei,Ouvia -se o canto que se envolvia, na música, do anjo- mago, que perdia-se debaixo dos cabelos negros, da noiva, que era só alma,
Foi neste instante, que percebi, que a vida,
Ia- se escapando entre meus dedos.
Que de mim não restava mais nada além da alma.

 

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