Naufrágio de Ilusões
A presa aqui sou eu
Em meio aos tubarões
Meu destino se perdeu
Em um mar de ilusões
Mas ainda tenho Deus
E vejo fé nos corações!
Descanso no meu barco
A deriva em alto-mar
Transportado pelo vento
Que insiste em me levar
Para o além do infinito
Aonde as ondas quer chegar!
Tenho um pouco de sede
Tenho um tanto de fome
Vontade de dormir na rede
O medo não me consome
Ainda tenho personalidade
Minha esperança não morre!
Cai a noite e sinto frio
As ondas não baloiçam mais
Apaguei-me como um pavio
Adormeci com meus ancestrais
Sinto-me fraco e doentio
Sonho ancorado em um cais!
Abro meus olhos devagar
Sinto meu corpo caído na areia
Já não estou em alto-mar
Tubarões não estão a me rodear
O destino já não me permeia
Meu barco de ilusões naufragou!
Edbento
Comentários
Um belo poema que nos induz à reflexão. Bravo, poeta!
Lorde Égamo | 15/08/2024 ás 13:31 Responder Comentários