Não Sei, Não Sei
A dor no peito é insuportável,
eco de um nada que pesa em mim.
Perdi alguém? Perdi o quê,
se estou sozinha até o fim?
Tudo parece estar no lugar,
mas dentro de mim há um vácuo, um nó.
Meu coração sufoca em silêncio,
a alma chora, sem dó.
Um grande amor partiu,
sem nunca ter chegado.
O ar não cumpre seu destino,
e me mata, aos poucos, calado.
Sinto mãos invisíveis, frias,
segurando meu peito, apertando.
De onde vem tanto vazio,
se não há motivo para o pranto?
A angústia tomou minha pele,
me fez sombra, me fez nada.
Eu me apago, sem porquê,
não sei, não sei...
Poesia de Desnorteamento. Rose Correia.
Comentários
Parabéns pelo trabalho!
Elcias Silva | 28/02/2025 ás 17:12 Responder ComentáriosEsse poema revela a fragilidade que somos, em especial quando estamos passando por privações, angústias, e a insegurança nos toca desnorteando o nosso entendimento! Uma boa reflexão!
Lorde Égamo | 02/03/2025 ás 12:17 Responder Comentários