Não quero mais a solidão que me abraça,
Na penumbra triste, perdida sem graça.
Não quero mais o vazio a me espreitar,
Nas sombras frias, sem luz a brilhar.
Não quero mais o eco do silêncio,
Que grita alto, causando tormento.
Não quero mais o frio na alma a gelar,
Quero o calor das palavras a me esquentar.
Não quero mais a angústia que me consome,
Devorando sonhos, deixando-me insone.
Não quero mais o peso da saudade,
Quero a leveza da felicidade.
Não quero mais a tristeza a me envolver,
Quero a alegria, a dança do viver.
Não quero mais a dor a me corroer,
Quero o alívio, o bálsamo do esquecer.
Não quero mais as lágrimas a cair,
Quero o sorriso a florescer no sentir.
Não quero mais a sombra a me seguir,
Quero a luz, o sol a me colorir.
Não quero mais a melodia da solidão,
Quero a sinfonia da celebração.
Não quero mais a ausência a me torturar,
Quero a presença a me acalentar.
Não quero mais o "não" que me limita,
Quero o "sim" que amplia e precipita.
Não quero mais o medo a me sufocar,
Quero a coragem a me libertar.
Não quero mais o ontem a me assombrar,
Quero o hoje, o agora a desabrochar.
Não quero mais ser refém do passado,
Quero ser autora do meu destino traçado.