NA PASSAGEM DO TEMPO
O grão de areia cai lentamente
Amontoando-se no fundo da ampulheta do tempo
Dourada como ouro, fina como o fio da vida
Com ela escoam-se sonhos e purificam-se ilusões,
Desfazem-se pesadelos nas brumas abençoadas do tempo
Esquecem-se mágoas,
Cicatrizam-se feridas tidas como perpétuas
Deixando marcas no invólucro frágil do corpo humano
Sulcos gravados não só na pele como no coração
E no brilho do olhar desce uma névoa com cor de passado
Deixando transparecer o entardecer de uma existência
Da juventude do sorriso resta um esboço de tempos idos
Onde força e vigor eram bens inesgotáveis que jorrava
Espontaneamente colorindo o passado e prometendo futuro sem compromisso
Embalado na irresponsabilidade.
Só uma coisa escapa as arranhaduras do tempo, feliz ou infelizmente, “A Alma".
Esta, imune, aprisionada neste corpo corrompido, clama
Quer liberdade para alçar voo rumo ao infinito
Onde a juventude não é um espaço de tempo, mas sim, seu cavalo ALADO
Que a levará por mundos que nem a mente do poeta pode inda penetrar,
Pois este reino só a ela pertence.
IZIZ DE ANDRADE/2018
Obs.: Este poema faz parte do meu primeiro livro solo... EM BUSCA DE MINH’ALMA. Da Editora Ações Literárias. ANO 2020
Comentários
Maravilhosa ????
Priscilla | 05/02/2022 ás 11:32 Responder ComentáriosMaravilhosa, minha Linda .
Priscilla | 05/02/2022 ás 11:33 Responder ComentáriosParabéns pelo belíssimo poema.
Cristiane | 05/02/2022 ás 11:45 Responder ComentáriosLinda poesia continue assim. Sou seu fã número um.
Edson Aparecido Rosa | 05/02/2022 ás 11:56 Responder ComentáriosPoema maravilhoso, parabéns
Ceica | 07/02/2022 ás 21:26 Responder ComentáriosBelíssimo
Eidi Martins | 09/02/2022 ás 20:20 Responder ComentáriosQue lindo
Josivaldo Santos | 13/02/2022 ás 20:40 Responder ComentáriosQue lindo...
| 16/02/2022 ás 20:57 Responder Comentários