Somos nós, mulheres, de tantas formas,
De curvas suaves ou ângulos firmes,
De vozes doces, graves, roucas,
De passos leves ou pesados,
Mas sempre com a força que rompe o silêncio.

 

Há quem olhe com olhos de pedra,
Julgando pela casca que mal conhece,
E se perde no raso, no corpo visível,
Ignorando que a essência não tem moldura.

 

Mulheres somos, de alma e ventre,
Seja o ventre fértil ou o ventre de sonhos,
Cis ou trans, somos raízes de uma mesma árvore,
Que se ergue imponente, apesar das tempestades.

 

Não somos a definição de um espelho,
Nem o sussurro ignorante de quem não sabe sentir.
Somos o grito de quem rasga a pele
E reconstrói a história com mãos de ferro.

 

Cada uma com sua história, sua luta,
Seu corpo, seu nome, sua identidade.
Trans ou cis, não há diferenças no que somos:
Mulheres de coração pulsante, de alma vibrante,
De luta ancestral e futuro audaz.

 

Então, que se quebrem as correntes invisíveis
Que tentam definir o que somos.
E que se saiba: mulher é quem é mulher,
Independente de quem ousa julgar.

 

Porque no sangue que corre, nos sonhos que florescem,
Na coragem de ser o que se é,
Somos todas irmãs, filhas do mesmo vento
Que sopra a liberdade de existir.

 

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