Somos nós, mulheres, de tantas formas,
De curvas suaves ou ângulos firmes,
De vozes doces, graves, roucas,
De passos leves ou pesados,
Mas sempre com a força que rompe o silêncio.
Há quem olhe com olhos de pedra,
Julgando pela casca que mal conhece,
E se perde no raso, no corpo visível,
Ignorando que a essência não tem moldura.
Mulheres somos, de alma e ventre,
Seja o ventre fértil ou o ventre de sonhos,
Cis ou trans, somos raízes de uma mesma árvore,
Que se ergue imponente, apesar das tempestades.
Não somos a definição de um espelho,
Nem o sussurro ignorante de quem não sabe sentir.
Somos o grito de quem rasga a pele
E reconstrói a história com mãos de ferro.
Cada uma com sua história, sua luta,
Seu corpo, seu nome, sua identidade.
Trans ou cis, não há diferenças no que somos:
Mulheres de coração pulsante, de alma vibrante,
De luta ancestral e futuro audaz.
Então, que se quebrem as correntes invisíveis
Que tentam definir o que somos.
E que se saiba: mulher é quem é mulher,
Independente de quem ousa julgar.
Porque no sangue que corre, nos sonhos que florescem,
Na coragem de ser o que se é,
Somos todas irmãs, filhas do mesmo vento
Que sopra a liberdade de existir.
Comentários
Maravilhoso, poeta! Dá até vontade de ser mulher para dizer "este poema foi feito para mim"! Bravo!
Lorde Égamo | 10/09/2024 ás 14:29 Responder ComentáriosCom certeza! rsrs Há um pouco de mulher em cada homem e de homem em cada mulher. Tanto que homens produzem pequenas quantidades de estrogênio (predominates em mulheres) e mulheres produzem pequenas quantidades de testosterona (predominantes em homens) De outra forma não nos entenderíamos.
Carlos Roberto Ribeiro | 10/09/2024 ás 20:02