Monstros de Aço
Passou na fúria do vento,
um monstro de aço e açoite,
rasgando o tempo, violento,
feito um trovão pela noite.
Estilhaços dançam na estrada,
tumulto, poeira, ruína,
a vida, engolida e calada,
já não pulsa na máquina fria.
Por todos os lados, buscada,
mas nada, só eco e fumaça,
nas guerras dos monstros sem alma,
o silêncio é a única graça.
Os monstros se fazem repouso,
grandes e pequenos, parados,
esperam a estrada se abrir,
para voltarem ao fado.
E seguem seus rumos de ferro,
levando histórias, fracassos,
pois não podem parar, são o vento,
e trazem a vida nos braços.
Reflexiva. Rose Correia
Comentários
Muito bom, gostei
Aecio Cruz Silva | 04/04/2025 ás 10:17 Responder ComentáriosDantes os monstros eram diferentes. Surgiam nas telas de cinema. Ainda aparecem, assustando a muita gente! Hoje temos outros monstros, os "monstros de aço". Uns passeiam sobre os trilhos, outros pelos ares. Não possuem alma, entretanto, ambos transportam vidas conduzindo histórias! Excelente reflexão!
Lorde Égamo | 05/04/2025 ás 16:54 Responder Comentários