MISTÉRIO
Na penumbra da noite
Uivos podíamos ouvir
E um piscar permanente
No casarão à nossa frente
Não tínhamos muita escolha
Uma tempestade levantava as folhas
Logo íamos todos se molhar
O jeito era naquela casa entrar
Chamamos muito, mas ninguém atendeu
Entramos assim mesmo
Pois lá fora estava um breu
Não tinha um pé de gente
Nesse mundo de meu Deus
Lá dentro ninguém aparecia
O casa estava abandonada e vazia
Estávamos em três, e todos tremiam
Com medo do silêncio e da agonia.
A noite demorava de passar
Raios e trovões, ajudava a nos assustar
E um barulho forte começamos a escutar
E o medo tomou conta do lugar
Quando amanheceu foi um alívio total
Tudo estava calmo, acabara o temporal
Queríamos esquecer todo o pavor
Vivenciados naquela noite de terror.
Mas aquele mistério nos intrigou
Da casa vazia que nos abrigou
E voltamos de dia para investigar
Não tinha nada naquele lugar
Procuramos alguém para nos dizer
Alguma coisa que pudesse esclarecer
E um moço falou meio surpreendido
Que a cinquenta anos tudo foi demolido.
ADAILTON LIMA
Comentários
Eu sou vidrado em filmes em contos de mistério e terror. Ficou massa!
NelsonL M dos Santos | 13/09/2024 ás 12:21 Responder ComentáriosImaginação pródiga, poeta! Parabéns pelo conto em forma de poema!
Lorde Égamo | 13/09/2024 ás 13:56 Responder Comentários