Meia vida
Meia noite, noite e meia
Meia verdade que desnorteia
Meia que não é seis
Não esquenta os pés de vocês
Meio louco, louco e meio
Desvairado no vareio
Meio cheio, que não transborda
E não molha a sua borda
Seis e meia, meia hora
Trinta minutos que demora
Meio quilo de pelanca
Não dá nem quinhentas grama
Meio litro de tristeza
De lágrimas de sentença
Meia dúzia de palavras
De pessoas com gravata
Elas estão no meio do povo
Prometendo um socorro
Em meio a tanta pobreza
Eu, meio desconfiado, com tanta gentileza
ADAILTON LIMA
Comentários
Mui belo! Palavras corriqueiras que o poeta faz delas poesia! Bravo!
Lorde Égamo | 29/07/2024 ás 09:26 Responder Comentários