Meia vida
Meia noite, noite e meia
Meia verdade que desnorteia
Meia que não é seis
Não esquenta os pés de vocês
Meio louco, louco e meio
Desvairado no vareio
Meio cheio, que não transborda
E não molha a sua borda
Seis e meia, meia hora
Trinta minutos que demora
Meio quilo de pelanca
Não dá nem quinhentas grama
Meio litro de tristeza
De lágrimas de sentença
Meia dúzia de palavras
De pessoas com gravata
Elas estão no meio do povo
Prometendo um socorro
Em meio a tanta pobreza
E eu, meio desconfiado com tanta gentileza.
ADAILTON LIMA
Comentários
Brincando com as palavras o poema nos leva à reflexão. No meio em que vivemos não sabemos dizer se nosso mundo está meio cheio de graça ou meio vazio de sabedoria! Parabéns, poeta!
Égamo | 13/04/2024 ás 10:14 Responder ComentáriosMaravilhoso!
Rosilene Rodrigues Neves de Meneses | 14/04/2024 ás 13:25 Responder Comentários