Mar

A menina perdida no mar
Com tua canoa de papel
Tem um choro peculiar,
Um dilúvio perante o céu. 

 

Esta menina, que chora tanto,
Tem nos dedos, o remo do destino 
Que me- leva á um paraíso.
Com teus encantos divinos.

 

Longe chora , está menina!
Sobre o barco de papel
Que vai- se desmanchando nestas águas
Purificadas, que vêm dos céus. 

 

É neste mar de insônia 
Que ela rema em pensamento 
Vai bordando nestas águas 
Pérolas em movimento.

 

Que se- transforma em um caminho
Bordado, neste papel.
Com luares esparramados,
Num arco-íris, pelo céu. 

Rosy Neves 

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