Navego no mar do silêncio,
sem bússola, sem direções,
as ondas são preces caladas,
os ventos são minhas canções.
O tempo é um barco que some,
costura saudades no ar,
seus remos, nas águas do tempo,
desfazem o som de chegar.
E eu, naufrago em esperanças,
meus olhos são faróis sem luz,
minha alma, nau perdida,
flutua onde o sonho conduz.