Mapa do Invisível

Poemas | Carlos Roberto Ribeiro
Publicado em 27 de Janeiro de 2025 ás 15h 06min

Nas dobras de um pergaminho esquecido,
Desenhava-se um traço de ouro e bruma,
Como se o tempo chorasse um segredo antigo,
Sussurrando histórias na luz da espuma.

 

Chegou a mim numa tarde sem vento,
Trazido por mãos que o céu inventou,
E ali, entre linhas que traçavam vidas,
Um círculo vazio me chamou.

 

Segui seu rastro por vales de névoa,
Onde memórias sussurravam em coro mudo,
Montanhas de silêncio, rios que tremiam,
E uma estrela caindo num céu desnudo.


O símbolo guiava: o círculo brilhante,
Oscilando entre cores que mudavam no instante.
Cada passo era um passo em mim mesmo,
Descobrindo um caminho nunca antes visto.

 

Encontrei um lugar que não tinha contorno,
Feito de ecos, ausências e melodias.
Um tempo que nunca fora vivido,
Mas pulsava no coração todos os dias.

 

O círculo vazio, o fiel condutor,
Era o espelho daquilo que ninguém ousou ver.
E o que restou? Um enigma sem chave,
Um mapa que leva ao invisível: o saber.

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