Mãos

Poemas | Antologia 02 | ADAILTON LIMA
Publicado em 22 de Janeiro de 2024 ás 18h 02min

Mãos

Seu tato,  nem sempre intacto, aponta, leva e conduz
Levanta o peso, pega leve e acende a luz

São dedos, extensão de pele, que não cede, unidos mas não são iguais
Marca de vida, marcas sofridas, várias digitais

Responsável por apertar o botão,  da vida, da morte, grande decisão
São quem pintam, desenham, constroem e começa a destruição 

São livres, algemadas, limpas, higienizadas e com sujeira 
Carinhosas, perfeitas, massageadoras e trabalhadeiras

Sozinha aperta um gatilho, juntas ajudam na prece, na oração
São algozes por natureza e também salvação

São de várias cores e opções, bem cuidadas ou com arranhão
Se ferem no espinho, cuidam da flor e do canhão

Se empurram, se abraçam e querem sempre mais 
Instrumento da guerra, mas quando se apertam, simbolizam a paz

ADAILTON LIMA

Comentários

Magnífico poema. Parabéns!

Manoel R. Leite | 22/01/2024 ás 18:05 Responder Comentários

Obrigado Poeta

ADAILTON LIMA | 23/01/2024 ás 09:02
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