Mãos
Seu tato, nem sempre intacto, aponta, leva e conduz
Levanta o peso, pega leve e acende a luz
São dedos, extensão de pele, que não cede, unidos mas não são iguais
Marca de vida, marcas sofridas, várias digitais
Responsável por apertar o botão, da vida, da morte, grande decisão
São quem pintam, desenham, constroem e começa a destruição
São livres, algemadas, limpas, higienizadas e com sujeira
Carinhosas, perfeitas, massageadoras e trabalhadeiras
Sozinha aperta um gatilho, juntas ajudam na prece, na oração
São algozes por natureza e também salvação
São de várias cores e opções, bem cuidadas ou com arranhão
Se ferem no espinho, cuidam da flor e do canhão
Se empurram, se abraçam e querem sempre mais
Instrumento da guerra, mas quando se apertam, simbolizam a paz
ADAILTON LIMA
Comentários
Magnífico poema. Parabéns!
Manoel R. Leite | 22/01/2024 ás 18:05 Responder ComentáriosObrigado Poeta
ADAILTON LIMA | 23/01/2024 ás 09:02