Em uma noite de lua cheia, Mané da Estrela estava caminhando pela fazenda quando ouviu o som distante de uma melodia vinda da direção do velho poço abandonado. Curioso, ele se aproximou e viu uma luz azulada emanando das profundezas.

"Quem está aí?" perguntou Mané, sua voz ecoando nas paredes de pedra.

De repente, uma figura espectral surgiu, vestida com trajes de pirata, seguida por uma tripulação inteira de fantasmas. "Somos os perdidos do mar," disse o capitão fantasma, "e estamos presos neste mundo, buscando o caminho para o tesouro que enterramos há séculos."

Mané, embora surpreso, não sentiu medo. "E como posso ajudá-los, amigos do além?"

Os fantasmas contaram a Mané sobre um mapa que havia sido dividido em três partes e espalhado pela região. Se Mané os ajudasse a encontrar as partes do mapa, eles poderiam finalmente descansar em paz.

Movido pela compaixão e pela promessa de uma aventura como nenhuma outra, Mané aceitou a missão. Ele viajou por florestas e montanhas, enfrentando enigmas e desafios, até reunir todas as partes do mapa.

Com o mapa completo em mãos, Mané e os fantasmas piratas seguiram as pistas até uma ilha escondida no meio do lago da fazenda. Lá, eles encontraram o tesouro: uma arca repleta de moedas de ouro e joias cintilantes.

"Vocês são livres agora," disse Mané aos fantasmas, que sorriram agradecidos.

"Mané da Estrela, você nos deu o maior tesouro de todos: a paz," disse o capitão fantasma. "E em troca, deixamos para você a nossa fortuna."

Com um brilho etéreo, os fantasmas desapareceram, deixando para trás a arca do tesouro. Mané decidiu usar aquela riqueza para o bem da comunidade, construindo uma biblioteca onde suas histórias e aventuras seriam contadas por gerações.

E assim, a lenda de Mané da Estrela e os fantasmas do mar se tornou mais uma das incríveis histórias que ele compartilhava com seus netos, ensinando-lhes que a verdadeira riqueza está na bondade e na coragem.