Mané da Estrela e a Viagem ao Tempo dos Dinossauros

Contos | Claison Maldonado das Neves
Publicado em 25 de Maio de 2024 ás 17h 22min

Numa tarde ensolarada na fazenda, enquanto o vento sussurrava segredos para as árvores, Mané da Estrela reuniu seus netos sob a sombra de uma velha mangueira. Com os olhos cheios de saudade e um sorriso misterioso, ele começou a contar uma história que nenhum deles jamais havia ouvido.

“Vocês sabem, meus pequenos, que o mundo nem sempre foi como o conhecemos. Houve uma época em que criaturas gigantescas caminhavam pela Terra. E eu, acreditem ou não, tive a chance de ver tudo isso com meus próprios olhos.”

Os netos arregalaram os olhos, surpresos e ansiosos pela história.

“Era uma manhã como outra qualquer quando encontrei um estranho objeto brilhando entre as pedras do riacho. Era um cristal que não pertencia ao nosso tempo. Quando o toquei, senti o mundo girar e, num piscar de olhos, estava em outro lugar, em outra época.”

Mané descreveu como se viu em uma terra desconhecida, com árvores tão altas que pareciam tocar o céu e sons que nunca havia ouvido antes. Ele caminhou com cautela, observando tudo ao seu redor.

“De repente, senti a terra tremer. O som era ensurdecedor, como se o próprio chão estivesse rugindo. E então, eu os vi: os dinossauros. Criaturas majestosas com peles de várias cores e tamanhos que desafiavam a imaginação.”

Os netos escutavam, fascinados, enquanto Mané contava sobre os diferentes dinossauros que encontrou: herbívoros pacíficos que pastavam em manadas, predadores ferozes que caçavam com olhares aguçados, e voadores graciosos que cortavam os céus.

“Mas eu sabia que não podia ficar. O cristal que me trouxe até ali era a chave para voltar para casa. Então, com o coração apertado, me despedi daquela era de gigantes e toquei o cristal novamente.”

Com um flash de luz e uma sensação de vertigem, Mané voltou para sua época, para a fazenda que tanto amava. Ele guardou o cristal como um tesouro, um lembrete de sua incrível jornada ao passado.

“Essa aventura me ensinou que o mundo é cheio de mistérios e maravilhas, e que algumas histórias são tão grandes que atravessam o tempo.”

Os netos de Mané da Estrela olharam para o cristal, agora pendurado no pescoço do avô, e souberam que as histórias dele eram portais para mundos extraordinários. Eles aprenderam que, com imaginação e coragem, qualquer um pode viajar para lugares onde os sonhos se tornam realidade.

E assim, sob a sombra da mangueira, Mané da Estrela continuou a contar suas histórias, transportando seus netos para épocas e aventuras que eles só poderiam viver através das palavras mágicas de seu avô. 

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