Quantos adjetivos cabem

Em um substantivo tão pequenino?

Apenas sei que os acumulo desde menino

Quando abri meus olhos e vi seu rosto

E descobri o amor mais genuíno

Você e eu já fomos um só

Seu ventre foi minha primeira morada,

O aconchego do seu abraço, mãe amada,

Um refúgio de paz

Quão bem você me faz!

Quanto amor cabe em um só coração?

Não há medida, tamanho ou dimensão

Mãe, seu amor é bálsamo

É singular

Transborda

Inunda

Transforma

Multiplica

Afaga

Tonifica

Se ramifica

Em zelo

Afeto

Carinho

Preocupação

Amizade

Devoção

Edifica

Amplifica!

Suas palavras, atitudes e gestos

Sempre me trouxeram apoio, ânimo, força, perseverança

Fé e esperança.

Como esses anos passaram rápido!

Hoje olho para você e já não percebo

Aqueles passos firmes de outrora

Mas o brilho nos olhos e o entusiasmo jamais foram embora

Como passam velozes as tardes de domingo ao seu lado!

Mães deveriam ser eternas

Não em nossos corações apenas

Mas existencialmente eternas

Para nos lembrarem diariamente

Com doçura e puxões de orelhas

Que somos bons em nossa essência

Mães, em sua natural sapiência

Desafiam ortodoxias gramaticais

Reiteram durante sua existência

Que são seres divinos celestiais

Ratificam que o amor, de fato,

É o substantivo abstrato

mais concreto do mundo!!!

Ser sagrado,

MÃE, obrigado!