Madrugadas de Saudade

Poemas | Silvia Dos Santos Alves
Publicado em 11 de Novembro de 2025 ás 20h 08min

Madrugadas de Saudade

Na curva da noite, o silêncio se estende,
como um lençol frio sobre a pele da alma.
A madrugada chega sem pedir licença,
trazendo lembranças em passos de calma.

O vento sussurra nomes que o tempo levou,
rostos que dançaram no espelho da memória.
Cada estrela parece um ponto de interrogação,
na página escura da nossa história.

O café esfria na borda da esperança,
e a janela embaçada guarda segredos antigos.
Há um vazio que não se explica com palavras,
apenas se sente, entre suspiros e abrigo.

A saudade é uma chama que não aquece,
mas ilumina o que já foi vivido.
E nas madrugadas frias, ela se senta comigo,
como quem conhece cada verso perdido.

Silvia Santos

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