Lua de Sangue
Vestido negro de seda brilhante
Cravejado, acaricia Nix deia
A Tétis sacra, que geme e arrodeia
Ao desfecho no horizonte ululante
Dividem a Selene carmesim
Seu abraço, orna a noite orgulhosa
A vaga, o seu, esconde animosa
Ciente que a inveja é do amor o fim
De encontro a lua vai lenta a barca
D’onde num piscar de olhos sobrei
Se caí? Empurraram-me? Ou saltei?!
Foi na água morna, posto pela Parca
Que me encontrei, mas me perdi antes
No abraço intenso das amantes
Alexandre Heitor Carlini Mendes