Lua de Sangue

Sonetos | Alexandre Mendes
Publicado em 19 de Março de 2024 ás 08h 39min

Lua de Sangue

 

Vestido negro de seda brilhante

Cravejado, acaricia Nix deia

A Tétis sacra, que geme e arrodeia

Ao desfecho no horizonte ululante

 

Dividem a Selene carmesim

Seu abraço, orna a noite orgulhosa

A vaga, o seu, esconde animosa

Ciente que a inveja é do amor o fim

 

De encontro a lua vai lenta a barca

D’onde num piscar de olhos sobrei

Se caí? Empurraram-me? Ou saltei?!

 

Foi na água morna, posto pela Parca

Que me encontrei, mas me perdi antes

No abraço intenso das amantes

 

Alexandre Heitor Carlini Mendes

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