Linguagem dos anjos

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 24 de Abril de 2023 ás 16h 34min

Rosi Neves. 

 

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Nos ramos verdes.


No ramo verde de uma árvore!
Um pássaro me chama aos prantos!
Teu canto encanta a lua feiticeira. 
No meu sono rixoso.


Ó ouve, ouve, o canto dos pássaros!
Que chora, numa noite chuvosa.
Uma noite, em que a lua dorme,
Sozinha no céu. 


Talvez, chores de frio?
Talvez de solidão?
Talvez por amor?
Ouve o canto, que mais
Parece uma canção. 


No ramo verde de uma árvore ,
Um pássaro, ouve o meu clamor,
Aos prantos, me - chama, ouve! Ouve! Ouve!

 

 

 

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Mensageiro do sol.


Eles virão! Está próxima, à tua volta!
Não! Não virão, de nenhum destino!
Talvez, de um sonho qualquer. 


E caminharam por estas águas.
Dos milagres, bardos divinos.
Talvez, de um sonho  eu o verei!


Mas virão tão  tarde, que se esqueceram,
Da magia do luar.
Que aprisionaram, os meus destinos.
No antro de algum sol.


São mensageiros do sol.
Que virão sem destino;
Trarão, flores adormecidas no  esquecimento.
E depois adormeceram, por estes horizontes. 

 

  

 

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Chorar é inútil. 

Quantas lágrimas?
Estão neste jardim.
Em quantas luas.
Está esta ansiedade de,
Alcançar o que não existe!


Chorar é inútil!
Mesmo que seja por amor!
Nunca mais, irei chorar!
Nem que as pétalas de flores,
Se esboçam de secura.

E crepitam, por entre raios finos
Do astro brilhante,
Suplicando, por respingos de orvalhos.
Eu não irei chorar!
Pois o choro é uma ilusão da alma!.

 

 

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As lágrimas tristes.

Não! Não quero mais chorar por ti!
Pois nos teus olhos, há tristezas,
Lamentos, choro, e dor!


Chorar de tristeza!
É estar triste com a alma!
É cair em um choro profundo,
Sem nenhum motivo.
Eu não sou triste!
Eu sou ditosa.


É por isto, que as lágrimas tristes,
É um lamento sobre os céus. 
Sobre as coisas que Deus insônia. 
Estar triste com a alma.
É chorar no colo de Deus.

 

 

 

 

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Março. 


Nunca mais fui ao jardim!
Que deve esboçar flores em maio.
Nunca mais ouvi, os cânticos dos pássaros. 
Que vinham beber, das águas dos olhos meus!
Para onde eles foram!.


Nunca mais! Hoje, deve ser muito tarde!
Até a lua, dorme no céu calado.
Queria tanto ver as flores de maio. 


Onde nasciam mil olhares, 
Que palpitavam, no choro do silêncio!
Quem dera agora, Deus ouvisse o meu clamor!
É descesse  destes remotos céus.


E levasse, os meus tristes olhos!
Que palpitam aos gritos.
No silêncio do amanhecer. 


É por isto, que nunca mais!
Irei ver as flores de maio. 
Pois elas me trazem boas lembranças. 
Do tempo da infância. !


Onde teus olhos tristes.
Choram, o orvalho de cada flor.
Onde estão os pássaros que cantavam?
No, fugir das manhãs de março. 
É muito tarde!.

 

 

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Pena.


Pena dos navegadores 
Que buscavam o que não existe 
Navegavam de sonhos em sonhos…
Em busca de quimeras, pétalas 
Que caiam dos olhos dos céus.


Pena, porque eles não sabem,
O que é o amor!
O amor eles levavam consigo!
Preso nos olhos do mar.
O mar que rouba destinos.
Pena dos sonhadores.
Que até hoje navegam.
Em busca do que não existe!

 

 

 

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Meu pensamentos.


Numa noite tristonha!
Meus pensamentos ansiosos!
Faz virtude de calado!


Meus pensamentos sufocados,
Até o rubro azul do luar.
Como uma cegonha calada.
Vai desmanchando- se em choro profundo. 
Formando um rio, no meio do mundo.


Barcos à velejar, por nesta noite serena 
Levando pensamentos, para descansar,
Noutro lugar.
Pensamentos com anseios, a me perturbar.
Dentre noites, colecionando borboletas pensativas. 
Que reescreve, um poema incompleto.
Desenhado no rosto do céu. 

 

 

 

 

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Rosas negras.


Rosas negras.
Negras como esta noite.
De chuva intensa.
Que esconde o luar!
Tem pena de mim!


O meu choro cai sobre ti!
E ferem, as tuas pétalas!
Extraindo de ti, um perfume exuberante. 
Me - consola ó, rosas negras!
Me consola!

Tem pena de mim!

 

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Meu violão. 


Vou cavalgando rumo ao sertão!
Sem destino, por entre esta canção.
Só eu e meu violão. 


Que toca a minha dor!
Que espanta a solidão,
Que mora na minha alma.
Que vai rumo ao sertão. 


Aí meu pobre violão. 
Em tuas finas cordas de diamante, 
Esconde uma canção eterna.
Que desperta os sonhos pelos montes.

 

 

 

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Eu queria


Eu queria ser, como uma ave,
Que dormia no céu!
Queria para sempre, iluminar,
Os teus caminhos.

 

Queria ser, tudo na sua vida!
Mas, eu não sou nada!
Nada além de tudo que sonhei!
Não sou nada além de ti!

 

Mas, o que queres de mim?
Se não tenho nada!
Nada além do que eu posso lhe oferecer!
( o meu amor).
Então, porque aprendeste os meus olhos em ti?
Se nada queres de mim!
Liberta-me, quero me ir!
Deixa-me fugir de ti!
Quero deixar- te!
Quero esquecer- te!
Quero viver, para sempre bem longe de ti!

 


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Rosi Neves

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