Lágrimas

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 23 de Dezembro de 2025 ás 14h 51min

Então foi aqui, 

neste chão rachado, 

onde a grama já não cresce, 

que ela deixou cair 

as lágrimas salgadas, 

rio de mágoas discretas? 

 

Foi sob esta árvore retorcida, 

testemunha silenciosa, 

que o soluço abafado 

ecoou no vazio da tarde? 

 

Então foi aqui, 

neste recanto esquecido, 

que a esperança se despediu, 

voando como um pássaro ferido 

em busca de abrigo 

em terras distantes? 

 

Ó meu Deus! 

Será que as estrelas, 

lá no alto, tão frias, 

viram o brilho fraco 

da alma ferida 

buscando sonhos no céu imenso? 

 

Será que o vento sussurrou 

consolo em seu ouvido, 

promessas de dias melhores, 

de um futuro florido 

além da dor presente? 

 

Então foi aqui, 

o marco zero da tristeza, 

o ponto de partida 

para uma jornada incerta, 

onde a força renasce 

da fraqueza aparente. 

 

Ó meu Deus! 

Que o céu, tão vasto, 

acolha os sonhos perdidos, 

e que a alma, tão frágil, 

encontre a paz 

que tanto necessita.

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