Hoje chorei — não por fraqueza ou lamento,
mas porque tua ausência se fez tempestade.
Veio sem pressa, num sutil movimento,
e desabou no silêncio da tarde.
Teu nome, contido em minha lembrança,
ressoou como prece entre suspiros vãos.
Tentei calar a alma em esperança,
mas tremi com a ausência em minhas mãos.
Não houve aviso, nem gesto concreto,
apenas o sentir, antigo e profundo.
E percebi, no pranto discreto,
que és amor que não cabe no mundo.
Pois mesmo longe, em tempos desiguais,
meu peito te abriga com devoção.
És parte de mim — em versos imortais,
em cada lágrima… e em cada oração.