Julgamento Disfarçado
Poemas | Silvia Dos Santos AlvesPublicado em 22 de Setembro de 2025 ás 15h 22min
Julgamento Disfarçado
Não temo a vida em sua pancada,
nem a porta que bate fechada.
O que me fere, sem piedade,
é o “tadinha” dito por vaidade.
Não é o tombo que me assusta,
nem a queda mais robusta.
É o olhar que vem por trás,
com pena falsa e nunca paz.
Prefiro o chão, a cicatriz,
do que o rótulo que diz:
“coitada”, “fraca”, “sofrida”,
como se eu não fosse vida.
Carrego dores, sim, confesso,
mas não sou menos por tropeço.
Sou feita de luta e de estrada,
não de pena disfarçada.
Silvia Santos
Comentários
Entendo que o deboche dói muito, belo poema!
Edson Bento | 22/09/2025 ás 15:45 Responder Comentários