Jesus e a Questão de Gênero

Pensamentos | Carlos Roberto Ribeiro
Publicado em 29 de Março de 2024 ás 20h 53min

Quando a mulher foi pega em flagrante de adultério, pela lei mosaica ela e seu amante teriam como sentença a pena de morte a ser executada através de apedrejamento. 


Porém, os homens que deram o "flagrante" levaram apenas a mulher até Jesus e, sendo mestres da lei, fundamentaram seus argumentos exigindo a condenação.


O mestre dos mestres diante da atitude daqueles homens, carregada de ódio e misoginia, agiu na contracultura daquele machismo vétero-testamentário, para mudar paradigmas e absolver aquela mulher. 


Como ele não podia passar por cima da lei, propôs estrategicamente que aquele que não tivesse nenhum pecado iniciasse o apedrejamento. 


A estratégia funcionou, pois os acusadores estavam nas mesmas condições da acusada e todos, começando pelos mais velhos, se retiraram do local ficando ali somente a mulher com Jesus.


Como a lei mosaica exigia a presença de duas ou três testemunhas para o julgamento, por falta de quorum a mulher foi absolvida. 
Assim ele livrou a mulher da pena de morte. 


O advogado por excelência derrubou os argumentos daqueles homens que representavam a lei (escribas) e a religião (fariseus).


O justo juiz desmascarou o moralismo que tinha como objetivo culpabilizar sem levar em conta todo o contexto socio-histórico que envolvia aquela ação que, para a época, era socialmente inaceitável.


Ele substituiu a justiça retributiva pela justiça restaurativa.

 

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