Jeito Rude de Matear

Poesias Gaúchas | Antologia Clube da poesia e declamação gaúcha | Jorge Cassepp
Publicado em 29 de Outubro de 2025 ás 15h 27min

Não me julguem no meu matear,
com essa estampa de linhas
e traços envelhecidos,
onde as minhas pilchas desbotadas
pelo tempo e boina surrada
registram minhas transcendências.

Mate, que carrega minha alma jovem
em seu cevar, que relata neste aroma singular,
onde se encontra minhas histórias contadas
em seu silêncio, que no seu fim grita o ronco
de um tom só como um trompete
clamando o seu saborear…

Mateia meu desejo em ter em minhas mãos,
onde ofereço tua história, que nesta erva sagrada
e amarga cura minhas dores das minhas
guerras passadas!

Nesta água que nem tão quente ou fria,
esconde as melancolias dos amores que deixei
em um passado remoto.

Mate, carrego como um rosário,
rezo pela oferenda que Deus
me concedeu e abençoou.

Mate, que tomo só,
mas espero tua companhia,
sei que dividimos essa paixão
e este porongo em minha mão
representa nossa união
na tradição gaúcha!

Mate…!

Jorge Cassepp
Amo e basta!

 

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