Invisíveis

Poemas | Valter Figueira e convidados: Às margens da vida | ADAILTON LIMA
Publicado em 20 de Julho de 2024 ás 08h 39min

Invisíveis 

 

Um choro abafado pelo barulho dos carros.

Lágrimas que secaram em um rosto desfigurado.

Em meio a selva urbana, uma criança pede ajuda.

Pede esmola e atenção, em meio a fome aguda.

 

Filhos do descaso, da imaturidade ou do despreparo

Da irresponsabilidade, da droga ou do abuso de fato.

São tolidos da infância, da inocência e das brincadeiras,

Sempre sujos e ausentes nas escolas, mas presentes nas sinaleiras.

 

Desaparecem no mundo, morrem sem deixar saudades.

Não estão no censo, não existem, são invisíveis para sociedade.

São marginalizados, párias, vistos de longe, nunca de perto 

Gerados no passado, contantes no presente, com um futuro totalmente incerto.

 

ADAILTON LIMA 

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