INSÔNIA.

Poemas | Keila Rackel Tavares
Publicado em 17 de Setembro de 2024 ás 19h 37min

Mórbido , gélido é o sopro da noite que levemente beija minha nuca, sinto do vento, um açoite, perco a calma, fico louca e um arrepio percorre meu corpo nu. 

Então, me contorço e minh’alma despede-se de mim mesma sem nenhum esforço.

Ergo meus moribundos olhos e vejo nas ruas o de sangue quente de indigentes que vem saudar-me com lágrimas, sinto o cheiro do teu corpo suado, o teu beijo molhado, trazes para nós duas taças Lítio, ópio, adrenalina, tudo sorvo, tudo provo! Meu desespero, meu devaneio, te sinto e não te vejo, te vejo e não te tenho, te tenho, mas não sou tua, pertenço a lua.. Será que tenho sorte, será que tudo é morte? Será que estou viva? Será que há saída?! 

A noite não acaba, o sono não chega, tudo é um pesadelo, arranco meus cabelos, suando estou então, minhas pálpebras pesadas estão, mas o sono não me possuiu, pois, ainda sou um fantasma de mim mesma, a noite já se esvaiu estou com insônia, estou em estado de catatonia, Morfeu me enlouqueceu, acabou-se a minha alegria, só mais um dia.

Keila Rackel Tavares.

 

Comentários

Você precisa aprender a se entregar a Morfeu. Entregue-se a ele, de corpo e alma e ele conduzirá o seu sono!

Lorde Égamo | 17/09/2024 ás 21:55 Responder Comentários
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