Inocência II

Poemas | Valter Figueira
Publicado em 02 de Agosto de 2022 ás 21h 42min

 

Houve um tempo,
quando as mangueiras maduravam
e caminhávamos nas ruas lamacentas:
Éramos inocentes!
Nos carreadores e estradas,
melancias entre os cafezais
saltos da ponte do Mãe do Céu:
Éramos inocentes!
Nas trilhas entre as amoreiras
traçávamos na ida
atrapalhando a volta:
Éramos inocentes!
Nas sombras dos abacateiros,
na água fria da bica do Rui,
feitos serelepes de um lado a outro:
Éramos inocentes!
As peneiradas errantes,
na lagoa do Água do Sapo,
no retorno as jabuticabas
era o café da tarde:
Éramos inocentes!

E assim, de inocência e inocência 
construímos nossa história.

Comentários

'

Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.