Para onde vai o ar que respiro
quando bate o vento?
Essa brisa que me acompanha
e depois se perde no horizonte.
Para onde vão as imagens
que são esquecidas no firmamento?
Para onde vãos os rostos de ontem,
meus rostos que mudam com o tempo?
Para onde vai essa luz e esta sombra
companheira de atalhos e abismos.
Quando formos já não teremos sombra
e as pegadas se apagam.
Para onde vão a tristezas e os sorrisos
as imagens e os horizontes?
E as flores das janelas, os aromas
de teu amor distante?
Para onde irão esses versos
perdidos cheio de perguntas?