Independência ou Morte?
Independência ou morte, dizem em alto brado,
Mas que liberdade é essa, de grilhões e fardo?
Se somos livres, por que a fome ainda grita,
E o povo na esquina, sem esperança, se agita?
Será que a bandeira que tremula no ar
Esconde correntes que não param de pesar?
Liberdade que humilha, que nega o direito,
Explora o suor, massacra o peito.
Nos chamam de livres, mas a verdade é cruel:
O que vale o chão, se o teto é de fel?
Morte ou vida, qual é a escolha, afinal,
Se a liberdade mata de forma tão banal?
Exploramos a terra, mas quem colhe o fruto?
Quem vive do trabalho e quem vive de luto?
Independência, ou será só mais uma ilusão
De um povo marcado pela exploração?
O grito de liberdade ecoa no vazio,
Enquanto a miséria constrói seu império sombrio.
Que liberdade é essa, que aprisiona o sonho,
Rouba as cores do amanhã e o deixa tristonho?
Se ser livre é isso, onde está o caminho
Para um futuro onde o povo não ande sozinho?
Independência ou morte, nos fazem perguntar,
Mas será que a liberdade é algo que podemos alcançar?
Comentários
Vejo aqui no Maranhão essa triste realidade onde muitas comidas indígenas e de negros, pois me orgulho de ter aqui um dos maiores territórios quilombo rural do Brasil, mas infelizmente vem junto com esses números as estatísticas de violência contra esse povo em sua maioria mulheres e homossexuais, vítimas de preconceitos, intolerâncias e da falta da liberdade.
Keila Rackel Tavares | 07/09/2024 ás 21:31 Responder ComentáriosMuitas comunidades indígenas e quilombolas.
Keila Rackel Tavares | 07/09/2024 ás 21:35Você versou por algo importante no seio da sociedade, a liberdade que outrora foi lardeada nunca realmente foi completa. Hoje vemos as mazelas dos administradores, que criam grilhões na população mais carente.
ADAILTON LIMA | 07/09/2024 ás 21:31 Responder Comentários