Incompletude e Finitude do Ser Humano

Pensamentos | Carlos Roberto Ribeiro
Publicado em 11 de Fevereiro de 2024 ás 10h 06min

Aceitar a nossa imperfeição e a efemeridade da vida é um convite para abraçar a autenticidade de cada momento. Reconhecer que somos obras inacabadas nos permite não apenas aceitar, mas também celebrar cada passo e cada cicatriz como parte de uma jornada única e irrepetível. No tecido da existência, somos fios entrelaçados pela experiência, tingidos pelas emoções e fortalecidos pelas adversidades.

 

A finitude, essa consciência da impermanência, ressoa no mais íntimo de nosso ser, ecoando a verdade de que cada segundo é um adeus implícito, um convite a viver com intensidade e propósito. Ela desperta a sabedoria de que não somos eternos e, por isso, cada gesto de amor, cada palavra de gentileza, cada abraço compartilhado são capítulos preciosos na história de nossa alma.

 

Dar conta de nossa incompletude é uma arte que requer compaixão, tanto para conosco quanto para com os outros. É a virtude de olhar no espelho da vida e ver além das falhas, é a habilidade de construir pontes onde há vazios e de pintar sonhos nos espaços em branco do nosso ser.

 

Em um mundo que nos empurra para a busca incessante pela perfeição, reconhecer nossa humanidade é um ato de coragem. Abrir mão da ilusão do controle, flutuar no oceano da incerteza e dançar na chuva da impermanência é um ato de liberdade que exala a fragrância da verdadeira essência do viver.

 

Portanto, que possamos ser gentis em nossa jornada, lembrando que cada um de nós carrega dentro de si um universo inacabado, um céu estrelado de possibilidades e uma noite escura atravessada pela luz de um cometa passageiro. Dar conta de nossa incompletude e finitude é, no fundo, o que nos torna plenamente humanos.

 

 

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