Dezembro ao fim, vem janeiro

Com as novidades pra gente

Como se fosse outro tempo

Que vai ficar pra semente

Deixando a gente sem fôlego

De tanto crer no presente.

Inaugurando outra página

Escreveremos que a vida

Parece um verso inventado

Pra gente ter mais saída

Quando estiver enjaulado

Nalguma história perdida.

Então bordemos as letras

Com tal capricho e cuidado

Que não será nem preciso

Caligrafia ao rogado

Que se fizer de poeta

Mesmo só sendo letrado!

Janeiro passa depressa

Que fevereiro já vem

Com o Carnaval na avenida

Sambando ao lado de quem

Faz dessa vida uma festa

Com as serpentinas do bem!

Chegando março, eu me lavo

Nas águas puras de abril

Que maio chega, inconteste

Junho é quadrilha, Brasil

Julho é das férias da escola

Que agosto chega tardio…

Setembro se abre nas flores

Que alguém plantou sem saber

Outubro, mês da criança

Faz seu novembro acolher

O que dezembro trouxer

Pro Deus Menino a nascer!

Inaugurando outra página

A gente vai retocando

Cada poema que faz

Como se fosse encontrando

Alguma rima pra paz

Que sempre está começando…

Dezembro ao fim, vem janeiro

Com as novidades de novo

Como se fosse um bom tempo

Que vai sair de outro ovo

Deixando a gente com força

Pra acreditar nesse povo!