É madrugada
O galo canta já faz hora
Tá frio.
O vento sopra meu rosto ainda sonolento
Fogo aceso, café pronto.
Trouxa na cabeça
A caminho do rio
Roupa da semana inteira
Batedouro apanha, nem reclama.
Sujeira tirada a sabão de soda e sabugo
Minhas mãos, já grossas
Nesse vai e vem
Numa agitação ritmada e louca.
Hoje é sábado
Hoje é dia de lavar roupa.
(Relatos de minha sogra Dona Josefina, sobre os sábados na sua juventude).
Poema publicado no livro “NÃO SÃO APENAS LEMBRANÇAS” (2020)