GRITOS
Eu grito
Mas, o silêncio da minha voz é rouca
Ressoa Impudicamente palavras soltas
Transcendem da minha boca
Transformam-se em febre ardente
Amável, retida, pensante e louca
Sobre a nudez dos olhos mudos
Imagens livres, tolas e sem roupas!
Eu grito
Mas o eco não ecoa no infinito
Ninguém é capaz de ouvir meu grito
Sem timbre, sem grave ou agudo
Cordas vocais em estado de parafuso
Denotam as notas do meu peito aflito
Abafadas pela poluição sonora
Que assola a calmaria do meu mundo!
Eu grito
E na pressa do meu grito existe dor
Tem fome de viver e medo do terror
Mas, nele ainda existe a esperança
De ouvir um grito que seja salvador
Uma mão amiga e um ombro acolhedor
E que mesmo na sua insignificância
Tenha pena deste pobre sofredor
Que grita paulatinamente
Somente por amor!
Edbento!
Comentários
Lindo e terno seu poema! Parabéns por seus 300(trezentos) escritos. Um escritor de mãos cheias!
Enoque Gabriel | 22/04/2023 ás 14:08 Responder ComentáriosParabéns Edson, lindo poema que seus gritos consiga alcançar muito mais que 300 inscritos, bjs.
José Roberto | 22/04/2023 ás 15:05 Responder ComentáriosMuitos gritos para você. Melhor que os de Milk Sheakspeare.
Orlando Lima | 22/04/2023 ás 15:12 Responder ComentáriosGrito mais silencioso, e o silêncio mais gritante q já li. Parabéns.
Walderson | 22/04/2023 ás 15:25 Responder ComentáriosUm dos melhores e sublimes dons; tocar almas com as palavras; parabéns Ed
Geisi Martins | 22/04/2023 ás 16:37 Responder ComentáriosGritar, gritar e gritar. Calar jamais. Belo poema.
Josivaldo Constantino dos Santos | 24/04/2023 ás 23:06 Responder ComentáriosParabéns pela sua conquista ed
Isa | 12/05/2023 ás 10:04 Responder Comentários