Grãos
Minha cura é doença de invejoso, é poros, poeira e estorvo.
Meu medo é coragem de mentiroso, é bomba, pólvora e estouro.
Meu ego, que alimenta minha alma, abastece meu espírito e me deixa satisfeito,
Deixa alguém desnutrido, com fome, com insônia, sem dormir direito.
Meu mundo é um livro inacabado, sem prefácio, sem fim e mexe com o imaginário,
Suas páginas são incertas, de linhas entortadas, com um belo glossário.
Minha vida é uma corrida, sem pódio nem saída, esperando uma nova bandeirada,
Sem champanhe, nem troféu, apenas um descanso, por tão longa caminhada.
E assim o universo conspira e aspira grãos fertis, de fruto da
esperança,
Para que nossa trajetória continue vencedora e com muita abundância.
ADAILTON LIMA
Comentários
Mostra-se o quanto é eclética sua poesia ao falar-nos agora, dos grãos!
Lorde Égamo | 27/07/2024 ás 07:51 Responder Comentários