Gente, omo todo mundo.
Eu sou gente,
como todo mundo,
mas não há gente como eu.
Eu mereço descanso,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
tem descanso como eu.
Eu pago boleto,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
tem boleto como eu.
Eu sofro,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
sofre como eu.
Eu choro,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
chora como eu.
Eu sorrio,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
sorri como eu.
Eu sonho,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
sonha como eu.
Eu me encontro,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
se encontra como eu.
Eu trabalho,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
trabalha como eu.
Eu mereço ser feliz,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
tem a felicidade que merece.
Eu amo,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
ama como eu.
Eu perco,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
perde como eu.
Eu ganho,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
ganha como eu.
Eu sinto,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
sente como eu.
Eu respiro,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
respira como eu.
Eu tenho oportunidade,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
tem oportunidade como eu.
Eu espero,
como todo mundo,
mas nem todo mundo
espera como eu.
Eu vejo,
como todo mundo,
Nem todo mundo,
vê como eu.
Eu me arrependo,
como todo mundo,
Nem todo mundo,
se arrepende como eu.
Somos gente como todo mundo,
mas não somos todo mundo.
É sempre uma prostração
querer ser igual a todos
se não conseguimos nos comprometer
a sermos nós mesmos.
Então seguimos na tristura,
na melancolia,
de ser gente como todo mundo.
Poema Reflexivo.
Rose Correia.25/01/2025.