GAROTA DA BOATE AZUL
Ela, Adelaide
Moça cabrocha
Alcançou a idade
Lá do meio da roça
Com sua ingenuidade
De menina pura e cocota
Quer aventurar-se na cidade
Longe da sua simplifica palhoça
Quer ser mulher da fina sociedade!
Com seu decote ousado, insinuante
Cabelo enlaçado com fita em cruz
O vestido vermelho fazendo jus
Sedutores olhares cintilantes
O semblante a irradiar luz
Sua ambição é tão forte
Para tentar sua sorte
Adejará a morada
Na boate azul!
Taschira
E os rótulos
Mulher da vida
Terá tantos títulos
Piranha, até rapariga
Difícil serão os capítulos
Que o fará ficar entristecida
Seu mar de rosa ficará lúbrico
Mas, dos cravos farás margaridas!
Preconceitos até o fará desanimar
Porém, conhece os seus direitos
Sabe como os duelos enfrentar
Confia no seu trabalho perfeito
Ela só não é incapaz de amar
E com certeza ela irá sofrer
Não quer para roça voltar
Mesmo sendo o cabaré
Sua vida segue na fé
Pois, aprendeu crer
E que para vencer
Tem que sempre
Sempre sonhar!
Edbento!