As lembranças... quem dera fossem leves,
meus olhos, já não veem como antes,
o silêncio — esse velho companheiro —
se instala onde moravam os cantos.
Minhas palavras, às vezes, perdem o rumo,
e a noite... ela chega sem me avisar,
as promessas — aquelas promessas —
sopradas ao vento, sumiram no ar.
Meu peito, feito de retalhos de tempo,
as saudades... elas brincam de ficar,
e o futuro — tão incerto —
desenha-se no rastro do olhar.