Flor Roubada
Quem ousou colher minha flor?
Quem roubou do tempo o encanto,
se foi meu afeto que a fez desabrochar?
Rosas e lírios, perfumes ao vento,
seiva e sonho a perfumar.
Mas veio a sombra, passo furtivo,
sem prece, sem rastro, sem voz,
levou a mais bela, num gesto esquivo,
e o aroma se fez pólen e foz.
Meu jardim veste um luto dourado,
folhas murmuram saudades no chão,
mas ouço na brisa um canto velado:
minha flor renasce na palma da mão.
Lírica. Rose Correia.
Comentários
Que linda sua poesia! Adorei!
Lorde Égamo | 30/03/2025 ás 19:41 Responder Comentários