Sangro de amores que me salvam,
morro em sorrisos que sabem curar,
caminho parado nas margens do tempo,
falo silêncios que sabem gritar.
Abraço distâncias que me aquecem,
sinto saudades de quem não vivi,
me perco nas trilhas que invento,
sou o que nunca deixei de fugir.
Planto desertos em campos floridos,
sopro ventos que sabem parar,
e na dor que embala esperanças,
encontro razões para recomeçar.