Existe um Manual Para a Vida?
Acordei, acabou a minha agonia;
A janela se abre bruscamente
E por ela adentra uma brisa fria.
Minha alma insinua, insistente,
Que a calada da noite foi vazia;
A dor no meu corpo é evidente!
À noite que começou aquecida,
À espera de sonhos icônicos,
Previa um céu de estrelas coloridas,
Daqueles filmes astronômicos,
Com desfechos de finais aludidas,
No mínimo um amanhecer irônico!
Amanheci como aranha ilusionista,
Que tece a sua teia sobre a razão,
Com um nó entravado na garganta,
Parecendo lava em total ebulição,
Que, fervendo, já não mais se aguenta,
Não vê hora de ser expulsa do vulcão.
Sonhei com os espelhos do abismo,
Um estrangeiro na própria terra.
Meu retrato era o símbolo do desvelo,
As espadas travadas em guerra,
Fermentando o seu próprio veneno,
Onde a paz entre os povos se encerra!
Voltei ao espelho para ver a verdade:
Meus olhos continuam cansados,
Mas já enxergam a luz da realidade.
O sol já brilha e estou encantado
Com o céu azul e a sua reciprocidade,
Devolvendo ao dia o mais desejado!
Edbento
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A vida é mesmo um roteiro.
Rosilene Rodrigues Neves de Meneses | 28/09/2025 ás 12:52 Responder Comentários