Eu, poesia
Eu queria que a minha poesia
Fosse docemente transparente
Que externasse muita alegria
E pelos corações caminhantes
Levasse resquícios de nostalgia!
Porém, minha poesia infeliz
Exala sofrimento e angústia
Parece que a dor está a rir
Feito um cálido cálice de volúpia
Rígido caos a me possuir!
Sendo um poeta das flores
Sinto-me um poeta dos espinhos
Aquele que verte os amores
Agora um poeta sem carinhos
Sendo injustiçado nas dores!
Não importa o quão triste o tema
Voarei nas asas da minha poesia
Poetizar sempre será meu lema
Na tristeza ou então na alegria
Todos os dias um breve poema!
Minha poesia terá saudades
Segredos e laivos de insanidades
Terá cunho de pura verdade
Magias e nuances de realidade
Eu, poesia, alquimia da alma,
sem maldades!
Edbento!