Estou em declínio
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 08 de Novembro de 2025 ás 16h 13min
Estou em declínio, entre as estrelas
como um cometa que perde seu brilho,
a luz se esvaindo em um céu escuro,
onde os ecos de risadas se tornam
sombras longínquas,
perdidas em constelações esquecidas.
O universo sussurra segredos antigos,
histórias de glórias que já foram,
e eu flutuo, um viajante sem rota,
navegando por galáxias de memórias
que se desfazem como poeira estelar,
palavras não ditas se misturando
à vastidão que me envolve.
As estrelas me observam com olhos frios,
cada uma guarda um pedaço de mim,
como um fragmento do que fui
refletido em sua luz distante,
pintando meus dias com a palete da saudade
e da esperança que se estira,
quase invisível sob a eterna escuridão.
Aqui em cima, no silêncio profundo,
escuto os ventos de outras eras,
suspiros de quem partiu,
e me pergunto se também sentiram
o peso do tempo,
a leveza do espaço
que abraça o que resta.
Continua a dança cósmica,
mientras eu caio em direção ao chão,
mas ao mesmo tempo,
um fragmento de luz permanece,
uma centelha que brilha,
mesmo em meu declínio,
uma promessa de que mesmo entre as estrelas,
a vida ainda pode ter seu eco.