Escrever, nobre ofício de almas serenas,

Um mergulho no âmago das ideias plenas.

Com pena ágil, em pergaminhos brancos,

Desperta-se a musa, fluindo pelos flancos.

Na tela em branco, palavras se entrelaçam,

Versos brotam, melodias que se abraçam.

No caleidoscópio das letras, o pensamento voa,

Desvendando segredos, como um farol que ecoa.

Escrever é tecer com fios de eloquência,

Narrativas encantadas, trazendo à existência.

Uma dança de termos, em compasso de luz,

Revelando aos olhos o que o coração conduz.

A tinta no papel, em traços e rabiscos,

Traduz o que a mente, de forma singular, vislumbra.

Palavras escolhidas com requinte e precisão,

Constroem um universo, uma eterna canção.

No pergaminho, o poeta desfila suas rimas,

Como um arquiteto, moldando sutis esquemas.

O léxico se desvela, de forma meticulosa,

Desvendando sentimentos numa prosa gloriosa.

Escrever é transpor a barreira do tempo,

Imortalizar pensamentos, criando um alento.

É transcender o efêmero, o passageiro,

Deixando impressões, marcas no mundo inteiro.

A pena é a espada, a escrita a batalha,

O papel é o campo, onde a alma se avizinha.

O autor, destemido, é guerreiro das letras,

Derramando suas palavras, com maestria e erudição.

Escrever é a chama que inflama o intelecto,

É o suspiro da alma, o divino afeto.

Nos versos e nas linhas, a verdade se desvela,

E a arte de escrever, eternamente se revela.