Amor, escrevo pra lembrar tua ausência
Como quem reza no fim da esperança
Tuas palavras ainda dançam em mim
Mesmo que o tempo tente apagá-las
És o verso que nunca se escreveu
O toque que nunca chegou à pele
Mas que ainda queima entre as lembranças
Tu existes em mim, mesmo distante
O coração já aprendeu teu nome
E o pronuncia sem que eu perceba
Fingir que não dói é mais doloroso
Do que aceitar que nunca serás meu
Mas amar-te, mesmo assim, me liberta
Pois és parte do que sou por dentro
E mesmo sem final, foste começo
Do amor mais fundo que já conheci
Com amor silente, Eulália. 4 de junho de 2025