Querido, teu riso mora em meu peito
Mesmo sem vê-lo há tanto tempo já
Ele desperta flores no meu chão
E ilumina a sombra dos meus passos
Por onde ando, tu andas comigo
Como perfume antigo em velha caixa
Cada lembrança tua me visita
Feito relâmpago dentro do silêncio
Às vezes tento te esquecer sorrindo
Mas até o riso se curva a ti
E as madrugadas são cheias de ti
Como se fosses brisa na cortina
Não sou capaz de arrancar tua ausência
Ela se fez raiz e se alastrou
Se algum dia te recordares de mim
Lembra que nunca te deixei partir
Com saudade viva, Eulália. 4 de junho de 2025