Amado, talvez nunca saibas de mim
Nem das palavras que deixei guardadas
Mas isso já não me causa tristeza
Porque te escrevi para me lembrar
Que fui capaz de amar com doçura
Mesmo sem promessas ou retorno
Foste ausência que virou presença
Em cada poema que me susteve
O amor que não foi é, paradoxal
Mais forte do que muitos que se deram
E eu o vivi com tamanha verdade
Que ele deixou perfume permanente
Hoje sou autora do meu sentir
E personagem de minha redenção
Te deixo nestas páginas eternas
Como quem agradece por ter sentido
Com libertação suave, Eulália. 14 de junho de 2025